terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

UMA noite, DOIS nomes

Segunda-feira, dia “incomum” para jogos de futebol, que geralmente costumam acontecer nas quartas e domingos (não no pernambucano onde a tabela é louca). Um dia em que a proporção de torcedores poderia ser bem menor do que a quantidade de pessoas que presenciou o clássico um dia antes, no domingo, entre Náutico e Santa Cruz que teve público total de 18.112. Pois é, na noite de ontem dia 31 de janeiro de 2011, em plena segunda-feira o Sport enfrentou o Vitória, e arrastou 22.643 mil torcedores para a Ilha do Retiro.

Em um jogo cheio de emoção o Sport conseguiu a vitória em cima do Tricolor das Tabocas e mostrou que o futebol realmente é encantador. A torcida não estava satisfeita com o jogo, o empate em 1 a 1 não daria tranqüilidade nenhuma ao time pernambucano. Das arquibancadas escutavam-se vaias e reclamações. Mas como o futebol é uma caixinha de surpresas, já no final da partida, nos acréscimos o “inusitado” acontece.

No futebol, quando se precisa muito de uma vitória e a partida está perto do fim, o técnico pede que o time vá todo para a área sem exceção de nenhum jogador, inclusive o goleiro. Ontem, foi diferente. A proposta não partiu do comandante da equipe e sim do próprio goleiro Saulo, que atuava como titular substituindo o craque da equipe, o arqueiro Magrão. Talvez, ele soubesse que esse poderia ser o jogo da sua vida. O jogo em que ele escreveria seu nome junto ao Sport Club do Recife. E assim o fez.

Aos 46 minutos quando tudo parecia perdido, em uma cobrança de falta de Carlinhos Bala (aqui não posso definir posição, pois ultimamente o jogador atua em todas), Saulo enfiou uma bola no fundo do gol adversário e saiu para o abraço. Na comemoração acabou torcendo o joelho em um dos muitos buracos do gramado da Ilha do Retiro.

A emoção não parou por aí, só quem estava lá sabe do que estou falando. Quem colocar no gol se Geninho já havia usado as três substituições? Carlinhos Bala, mais uma vez foi solicitado e foi parar na defesa rubro-negra. Como “goleiro improvisado” ainda conseguiu salvar uma bola que quase acaba a festa da torcida rubro-negra. Isso mesmo, o atacante mais uma vez, saiu da posição de origem e mostrou que aonde o técnico precisar ele atua sem reclamar.

Na minha mera opinião Carlinhos Bala é um dos únicos que quando veste a camisa de um time, joga com raça, vontade e acima de tudo determinação. Seria injusto aqui falar que a noite foi só do goleiro Saulo, ele até protagonizou uma das cenas mais importantes (o gol da vitória), mas Carlinhos Bala também merece ser lembrado. Pois, o gol de Saulo saiu dos pés de Bala e a última defesa do jogo que daria o empate ao Vitória saiu das mãos também do atacante.

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